Quem nunca ouviu frases assim quando criança: “Se você não se sentar direito o que os outros vão pensar de você; Se não me deixar pentear seu cabelo todo mundo vai dizer que você está feio (a); Se não estudar vão achar que você é burro (a); Se você não emprestar os seus brinquedos os outros nunca mais vão querer brincar com você”.
Com o tempo, descobrimos que o medo e a insegurança que nos
impuseram no passado não nos abandonaram. Agimos sempre pensando no que os outros
vão pensar ou falar de nós. Esse pensamento-monstro não nos deixa ser nós
mesmos e, com isso, acabamos perdendo oportunidades!
Ninguém nunca fica totalmente livre desse terrível monstro.
Vez ou outra, ele tenta nos importunar. Sempre digo que: quanto mais você valoriza
tal pensamento, mais ele cresce; se você fizer o que achar melhor, independentemente
do que o monstro estiver lhe sugerindo, ele vai enfraquecer e adormecer.
Numa terra, mais próxima do que imaginamos, morava em um
pequeno sítio, um senhor de idade e o seu neto. Certo dia, o nosso experiente
homem chamou o menino para que o acompanhasse em uma ida a cidade. O garoto
pediu que o burrinho de estimação fosse com eles. O avô concordou. Assim, os
dois saíram puxando o animal rumo ao povoado. No meio do caminho, um grupo de
pessoas fez o seguinte comentário: “como falta inteligência a esses dois!
Gastando esforço para caminhar sendo que há com eles um animal de carga!”.
Ao ouvirem eles a sentença, aquele senhor subiu com o neto
no lombo do burro, e seguiram viagem. Alguns quilômetros depois, outros que
cruzava a estrada em direção contrária disseram: “Quanta descompaixão! Onde já
se viu colocar tanto peso em cima de um animal tão velho?” Mais que depressa, o avô
desceu do burro para que este sentisse apenas o leve peso do neto.
Minutos
depois, ao passar por um acampamento alguém gritou: “Que absurdo! Como é
possível uma criança com tanto vigor físico viajar sentada enquanto um homem de
idade segue andando, esgotando o pouco de força que tem?”
Sem
questionar, o garoto desceu do dorso do animal e deu lugar ao avô. Um pouco
mais á frente ao adentrarem os portais da cidade, fez-se ecoar outra palavra de
critica dos que lá estavam:"Realmente vivemos num mundo de exploração!
Como pode um adulto se sentir confortável ao ver uma frágil criança caminhar
sozinha?”
Porque
se preocupavam com a opinião dos outros, os nossos protagonistas passaram o
tempo todo querendo agradar o mundo, não conseguindo agradar a ninguém.
É
impossível agradar todo mundo o tempo todo!
É impossível
agradar uma única pessoa o tempo todo!
Seja
você!
Escolha
a sua verdade, seja fiel a ela e siga em frente!